Já foram anunciados os finalistas do Grand Prix d’Horlogerie de Genève 2019 (GPHG). Organizados em 11 categorias, os 84 relógios aguardam agora pela cerimónia oficial de entrega dos prémios que vai decorrer no próximo dia 9 de novembro. O grande vencedor da edição de 2018 foi o Bovet 1822 Récital 22 Grand Récital.

E aí está a lista oficial dos relógios finalistas da edição de 2019 do Grand Prix d’Horlogerie. Mais uma vez, podemos contar com um conjunto bem diversificado de modelos, integrados em diferentes categorias que distinguem os melhores. Este ano, em vez de 12, são contempladas 14 categorias, com cada uma a integrar seis relógios. Nos últimos tempos, a organização tem-se esforçado por ir construindo um painel de categorias que possa melhor responder à variedade de relógios da indústria relojoeira e esta constante reorganização acaba por ser reveladora da dinâmica que continuamos a viver no setor. Como exemplo, temos assistido à inclusão de mais categorias destinadas a relógios femininos e agora descobre-se também a interessante categoria ‘Iconic’ (em vez de ‘Revival’, designação adotada no ano passado), que vem responder à tendência neo-vintage que tem marcado tanto as tendências de pulso. Outra novidade, é o nascimento de uma categoria destinada em exclusivo a relógios de mergulho e que vem substituir a anterior categoria de relógios de desporto.

Pormenor do Théâtre du Léman durante uma das recentes edições © GPHG
Pormenor da cerimónia no Théâtre du Léman durante uma das recentes edições © GPHG

O que não muda na edição de 2019 do GPHG é a ausência de alguns nomes de referência, como a Rolex, a Patek Philippe e a Omega, isto porque a iniciativa está sujeita a inscrições voluntárias por parte das marcas. Depois, teremos de salientar mais uma vez a presença maciça de casas independentes na pré-seleção, mas também o modo como várias marcas, como a Girard-Perregaux, a Bulgari, a Chanel, a De Bethune, a Hermès, a TAG Heuer, a Ulysse Nardin ou a Zenith voltam a garantir lugar em mais do que uma categoria. Curiosa é a presença do polémico Code 11.59 da Audemars Piguet, tanto na categoria Calendar and Astronomy, como na categoria de relógio de homem.

Os finalistas competem para ganhar os troféus que distinguem os melhores do ano em cada categoria, mas também o galardão máximo: o Aiguille d’Or. À semelhança das anteriores edições, os vencedores serão anunciados numa cerimónia que irá decorrer no dia 9 de novembro de 2019. A lista dos relógios candidatos ao Grand Prix d’Horlogerie de Genève pode ser consultada no site oficial do evento. O grande vencedor da edição de 2018, dominada pela marcas independentes, foi o Bovet 1822 Récital 22 Grand Récital.

Feitas as contas, estamos perante 84 relógios organizados em 14 diferentes categorias que integram seis relógios cada uma. E aqui está a lista:


Challenge

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A Tudor tem acumulado galardões nas categorias destinadas aos preços mais acessíveis ao longo da presente década e lidera a categoria Challenge com o original Black Bay P01, mas talvez as suas caraterísticas (trata-se de uma reinterpretação de um peculiar protótipo militar assimétrico) sejam menos consensuais do que os modelos anteriormente Black Bay premiados; o modelo mais original entre os pré-selecionados é o da Ciga Design e a Doxa reaparece em força com a sua tradição de modelos de mergulho, com a Seiko a marcar também forte presença num lote com três excelentes candidatos de micro-marcas dotados de preço abaixo dos 1000 euros.


Petite Aiguille

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Numa categoria alusiva a um preço um pouco mais robusto mas ainda assim balizado, três pequenas marcas-atelier sobressaem com produtos originais dotados de complicações especiais: a David Rutten, a Kudoke e a Trilobe.


Artistic Crafts

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Uma feérica categoria em que o Astronomia Design da Jacob & Co sobressai pela sua complexidade mecânica e qualidade artística em três dimensões, enquanto os restantes exemplares se baseiam em mecanismos de dois ponteiros que deixam falar a beleza do mostrador. A Voutilainen tem acumulado prémios nos últimos tempos, enquanto a Bereve se distingue pela geometria de um colorido mosaico.


Jewellery

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O luxo supremo da combinação entre relojoaria e joalharia; a Jacob & Co apresenta o modelo mais complicado com o seu turbilhão central e o mais colorido é da Hublot, ao passo que quatro tradicionais casas relojoeiras optam por criações de formas mais femininas e alternativas.


Diver’s

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A alta-relojoaria independente da De Bethune destaca-se com o seu primeiro modelo desportivo dotado de um original sistema de iluminação, mas a originalidade das propostas da Ressence e da Reservoir também são trunfos.


Chronograph

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Uma categoria sempre muito competitiva e especialmente técnica, sobressaindo a alta-frequência do Zenith (capaz de medir tempos até 1/100 de segundo), a inédita microtecnologia da TAG Heuer (espiral de nanocarbono numa combinação cronoturbilhão) e a delgadez recorde da Bulgari (num cronógrafo GMT ultraplano).


Mechanical Exception

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Uma categoria muito rica determinada a premiar soluções técnicas excecionais, com o modelo de estreia da Genus a destacar-se pela inédita forma de apresentar o tempo.


Calendar and Astronomy

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Uma categoria em que o candidato da nova linha Code 11.59 da Audemars Piguet acaba por ser o modelo mais convencional do lote pré-selecionado. Os restantes jogam muito com a tridimensionalidade no mostrador e grandes representações dos corpos celestes.


Chronometry

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A categoria destinada a premiar a precisão tem dois fortes candidatos com uma ‘simples’ disposição de três ponteiros (a espiral de nanocarbono da TAG Heuer e a alta-frequência da Zenith) face a concorrentes de maior complexidade mecânica.


Iconic

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Uma interessante categoria saudosista com três quinquagenários a prestarem homenagem a modelos cronográficos automáticos pioneiros lançados em 1969, o El Primero A384 (numa fiel reedição Revival), o Monaco (numa reinterpretação que homenageia a década 1979-1989), e o Intra-Matic (a Hamilton fez parte do consórcio com a Heuer e a Breitling na corrida ao primeiro cronógrafo automático). Os três outros candidatos apresentam argumentos técnicos de peso.


Men’s Complication

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Turbilhões a dominar uma categoria em que o modelo de mostrador mais simples é forte candidato: o Code 11.59 Minute Repeater Supersonnerie.


Men’s

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A proposta mística da Alchemists é a mais original num lote que inclui marcas de alta-relojoaria independente que já foram galardoadas anteriormente: a Grönefeld, a Laurent Ferrier, a Voutilainen e a De Bethune.


Ladies’ Complication

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Entre o lado técnico e a vertente feminina, destacam-se as ‘esculturas’ tridimensionais da MB&F e da Jacob & Co.


Ladies’

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A assimetria sobressai numa categoria em que a Moritz Grossmann apresenta a proposta tecnicamente mais sofisticada.


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