Alguns relógios inspiram sonhos. Outros são verdadeiros sonhos. Não admira: a história da indústria relojoeira confunde-se com a dos sonhos que podem ser concretizados. O escritor libanês Khalil Gibran sabia isso, quando dizia: «Confia nos sonhos, porque neles está escondida a porta para a eternidade». Alguns relógios, únicos, são a concretização de quem os encomendou ou de quem os adquiriu. E a alta-relojoaria, ao longo dos anos, concretizou, de forma requintada, muitos desses sonhos. Nasceram assim relógios excecionais para clientes com gostos particulares. Que queriam tornar possível o que todos julgavam impossível de realizar. Muitos deles sobreviveram ao tempo e permanecem obras de arte disputadas por quem os deseja ter para prazer pessoal. Há sonhos que nasceram de sonhos alheios. E os leilões permitem a transferência desses objetos mágicos para mãos ávidas de ter máquinas perfeitas.
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