É a derradeira tiragem limitada de um celebrado modelo que lançou a MB&F numa via mais clássica – mas sempre à maneira de Max Büsser e seus amigos. Com o Legacy Machine Nº2 em ouro vermelho com mostrador azul, fecha-se um ciclo. Fica a expectativa relativamente ao próximo modelo Legacy Machine…
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Por Miguel Seabra
O projeto MB&F – ou seja, Maximilian Büsser & Friends – nasceu assente em criações relojoeiras dignas da mais pura ficção científica saídas do imaginário juvenil de Max Büsser e concretizadas pelos seus amigos (designers, conceptualistas, criadores de caixas e de mostradores, parceiros da indústria). As Horological Machines eram e são relógios de outro mundo. Mas no início da presente década surgiu a necessidade de aplicar o conceito a um exercício mais clássico; surgiram então as Legacy Machines, de inspiração tradicional mas de execução extra ordinária.
A Legacy Machine N°2 (LM2) ajudou a jovem marca independente a conquistar um público mais conservador mas sensível ao excecional. Tem sido declinada em várias edições limitadas – e chegou agora a última dessas edições, assente na combinação entre uma caixa de ouro avermelhado e um mostrador azul galvânico. Doze exemplares para uma despedida em grande e através de uma solução cromática que surpreendeu o próprio Max Büsser.
“Em 1999, tive a sorte de ter pela primeira vez na mão um Duality do Philippe Dufour e fiquei impressionado pelo primeiro balanço duplo com mecanismo diferencial num relógio de pulso”, recordou, citando uma das fontes de inspiração do LM2. “Vinte anos depois, lançamos os últimos 12 Legacy Machine Nº2 em ouro vermelho com um belo mostrador azul. Ainda estou a coçar a cabeça relativamente ao facto de nunca antes ter pensado em misturar o azul com o ouro vermelho. O resultado é espetacular (mesmo que seja eu a dizê-lo)!”.
E é mesmo espetacular. O uso de uma maior quantidade de cobre na liga de ouro dá à caixa uma tonalidade mais quente que contrasta com a maior ‘frescura’ do azul no mostrador conseguido através de CVD (Chemical deposition Vapor) – e que serve de mar ou céu (consoante as preferências de cada um..) de fundo ao movimento do LM2, concebido pelos grandes mestres relojoeiros Jean-François Mojon e Kari Voutilainen. Em grande destaque, e assentes nas pontes mais arredondadas e acabamento polido das recentes edições do LM2, dois sistemas de escape completamente independentes mas permanentemente equilibrados por um diferencial planetário ao centro.
O LM2 faz jus ao seu nome – Legacy Machine – e presta homenagem a alguns dos maiores relojoeiros de todos os tempos, como Abraham-Louis Breguet (1747-1823), Ferdinand Berthoud (1727-1807) e Antide Janvier (1751-1835), três mestres unidos pela genialidade e pelas experiências com sistemas duplos de regulação. E presta igualmente tributo àquele que eventualmente é o maior relojoeiro vivo: Philippe Dufour, o lendário mestre da Vallée de Joux que foi o criador do Duality – o tal primeiro relógio de pulso a incluir dois reguladores e um diferencial.
O preço? ‘Apenas’ 137.000 euros mais taxas – o preço médio de cada edição exclusiva LM2. Agora é esperar para ver o próximo exercício Legacy Machine de Max Büsser e companhia…
Mais informações e características técnicas do
Legacy Machine N°2 no site
espiraldotempo.com
